A obra inacabada do Arenão, ou Boidrómo de Avaré, foi tema da palavra livre do vereador Júlio César Theodoro, o Tucão (PSD), na última sessão da Câmara, realizada em 14 de março.
De acordo com edição do Semanário Oficial de 10 de março de 2006, a Prefeitura havia dado início às obras do que viria a ser, um dia, o “Boiódromo” de Avaré. Exatos 10 anos depois, apenas um enorme buraco existe no local, nada mais.
“Se passaram 10 anos do início das obras e ficou um imenso buraco. Acho que o maior da nossa cidade”, afirmou Tucão, durante sua palavra livre.
Para Tucão, o “buraco” é uma das soluções para o turismo e a cultura de Avaré, já que poderia receber inúmeros eventos de grande porte, caso tivesse sido concluído.
“Meu discurso é motivado para que Avaré seja referência no turismo e na atração de divisas para o município, se esse buraco se transformasse na Arena Avaré, sem sombra de dúvida atrairia muito investimento”, afirmou o vereador pelo PSD.
De acordo com Tucão, falta boa vontade política aos administradores, que não deram continuidade a obra, localizada no Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel (Emapa). “O “Boiódromo poderia estar gerando milhões de reais na produção de uma Festa Sertaneja, como a da cidade de Barretos”, afirmou.
Ainda durante sua palavra livre, Tucão garantiu que levou ao conhecimento do atual prefeito todo o roteiro necessário para se produzir uma festa semelhante a de Barretos em Avaré, e sem mexer nos cofres públicos. “Isso é simples: por meio da Lei Rouanet, que é o investimento de 4% do imposto de renda das empresas revertido em cultura”, explicou o vereador.
Ao fim de seu discurso, Júlio César ainda oficiou Poio Novaes para que faça um relatório com as seguintes informações sobre o “Boiódromo”: qual o planejamento atual para o “Arenão”; quais verbas foram deliberadas pelo Departamento de Apoio e Desenvolvimento as Estâncias (Dade) para a construção do local; se existe uma previsão para retomada das obras; e qual o andamento do processo.
“Nos moldes de Barretos”
De acordo com o Semanário Oficial de março de 2006, o “Boiódromo” serviria para a realização de diversos eventos como rodeios e grandes shows. Com este empreendimento, a Prefeitura pretendia, na época, equiparar a Emapa aos principais recintos do país.
De acordo com o projeto, o “Boiódromo” seria construído nos mesmos moldes do já existente na cidade de Barretos, a mais de 300 quilômetros de Avaré. A idéia era construir a arena em um nível inferior do solo, com a arquibancada modulada no solo. |