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“Pronto Socorro é para ser 100% municipal”, afirma diretora técnica do D.R.S.
 

A Comissão Especial da Saúde ouviu na manhã do dia 11 de fevereiro a diretora técnica do Departamento Regional de Saúde (D.R.S.) de Bauru, Fabíola Leão Soares Yamamoto, que, por cerca de uma hora, falou a respeito das inúmeras polêmicas que envolvem a saúde de Avaré e principalmente das dificuldades envolvendo a Santa Casa da cidade.

A Comissão é formada pelos vereadores Marcelo Ortega (PV), Barreto do Mercado (PT), Ernesto Albuquerque (PT) e Rosangela Paulucci (PMDB).

Fabíola começou sua conversa com os vereadores falando a respeito da conquista da Rede Cegonha para a Santa Casa de Avaré, que contará com dois leitos adultos, seis leitos neonatal, seis Unidades de Cuidados Intermediários (UCI), dois leitos cangurus, cinco para gestantes de alto risco, um centro de parto normal e uma casa para gestantes.

Segundo a diretora técnica, com exceção da casa, tudo o que envolve a Rede Cegonha já está em processo de implantação. A diretora da Santa Casa de Avaré aguarda apenas a publicação de uma autorização para começar as adequações necessárias no prédio.

Falando a respeito do Pronto Socorro de Avaré, Fabíola Yamamoto afirmou que o local deveria receber apenas pacientes da cidade, enquanto os da região deveriam ser encaminhados para a Santa Casa. “(Santa Casa) Teria que ter duas portas de entrada. Pronto Socorro é para ser 100% municipal. Paciente da região não é para entrar neste bolo. No Hospital das Clínicas de Botucatu isso é nítido, existe uma porta ao lado da outra. Esta segunda entrada é para avaliar os pacientes da região que chegam e encaminhá-los para as cidades que são referências. O D.R.S. tem estudado porque tantos pacientes de Avaré vão direto para o P.S. de Botucatu, o daqui era para ser eficiente”, afirmou a diretora técnica.

Segundo Fabíola, no ano de 2014, 1262 pacientes de Avaré foram mandados para outras cidades, deste total, 249 para Botucatu, ou seja, quase 20% da demanda.

Ainda de acordo com os números do D.R.S., 40% dos pacientes que o H.C. de Botucatu recebe, são de Avaré. Segundo Fabíola, a cidade chega ao ponto de mandar casos de unha encravada para o município vizinho.

Fabíola ainda revelou que o problema não envolve apenas o Pronto Socorro e sim, na maioria das vezes, a Santa Casa, que, mesmo sendo referência em algumas especialidades, chega a se recusar a receber pacientes. “Temos dificuldade até em encaminhar uma fratura de fêmur para cá, a Santa Casa, que é referência em ortopedia, não aceita”, disse.

Ela afirmou que o Departamento Regional vem tentando, há muito tempo, fortalecer a Santa Casa de Avaré e tem encontrado muitas dificuldades para que isso aconteça. “Um exemplo disso é o ambulatório de ortopedia, que teve um mega financiamento do Estado, com um comprometimento de 1000 consultas por mês e vira e mexe o atendimento para. Toda vez que isso acontece tem uma intervenção do D.R.S.”, diz.

Fabíola afirma que estas constantes paralisações podem fazer com que o hospital perca recursos, já que não há retorno por parte da Santa Casa.

Questionada pelo vereador Ernesto Albuquerque, que também é médico, a respeito dos altos valores pagos aos plantonistas de retaguarda (mais de R$ 4 milhões por ano), Yamamoto reconheceu que isto é debatido até mesmo entre os profissionais do D.R.S.

Fabíola também criticou o fato de várias vezes a Santa Casa de Avaré ficar sem pediatras e ginecologistas. “Não entendo como um hospital, que é referência na Rede Cegonha, liga para mim e fala que não tem pediatra, nem ginecologista!”, afirmou.

Para ela, o problema da Santa Casa não é apenas estrutural, mas envolve também o departamento de Recursos Humanos em sua totalidade.

Segundo Fabíola, a Santa Casa de Avaré deve perder um convênio de mais de R$ 46 mil mensais por causa do não cumprimento da assistência regional. Ela também revelou que o hospital vem passando por uma auditoria feita pelo D.R.S., por causa de denúncias feitas por outros municípios.

Falando a respeito da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Fabíola afirmou que, ao contrário do que vem sendo ventilado pelo Executivo, o Pronto Socorro não será desativado. “Tem que manter o P.S funcionando. A UPA é uma segunda porta, para não ter um fluxo tão intenso no P.S., as maiores complexidades vão para a UPA e os casos mais corriqueiros para o P.S. o que preocupa o D.R.S. é se Avaré terá estrutura para manter a UPA”, disse, lembrando que com as duas unidades funcionando o gasto aumentará.

A próxima reunião da Comissão da Saúde acontecerá na quinta-feira, dia 18.

Aguardando vaga

Durante reunião com a diretora técnica do D.R.S., o vereador Barreto do Mercado narrou uma situação “típica” de quem precisa do Pronto Socorro de Avaré: “Estou acompanhando, desde segunda-feira, dia oito, o caso de uma paciente de 40 anos, infartada e não tem cardiologista para atendê-la”, afirmou.

Segundo Barreto, desde segunda-feira, a paciente está no P.S. aguardando uma vaga para ser internada. A situação foi lamentada pelo vereador. “Essa é a nossa realidade e ninguém resolve”.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa do Legislativo

Data: 12/02/2016

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